O futuro do setor gráfico

Ao longo dos últimos anos, com o advento das mídias digitais, o mercado de impressão foi colocado sob suspeita. Acreditava-se que em pouco tempo ele seria suprimido por novas tecnologias. Agora, com o amadurecimento das técnicas de impressão e de distribuição de conteúdo, principalmente no mercado editorial, começa a ficar mais claro o papel da indústria gráfica. E os mitos que antes davam frio na espinha de qualquer empresário do setor ou empresas de mídia, começam a ser desmentidos.

Benny Landa, CEO da Landa Corp, e especialista no setor, afirmou em palestra recente que embora o mercado editorial esteja caminhando, de fato, para uma concorrência maior com mídias digitais, ainda haverá grande espaço para as gráficas no setor de embalagens, por exemplo.“Ao contrário do setor editorial, a maioria das aplicações comerciais de impressão e embalagem não podem ser substituídas pela mídia digital”.

Outra possibilidade aventada para o mercado é que mesmo diminuindo a demanda vinda das editoras, os pedidos que o mercado de livros, revistas e jornais fizer às gráficas terão valor agregado maior, por serem impressões especializadas, como o 3D e a impressão sob demanda, por exemplo.

Veja as quatro características do setor gráfico no futuro

1) Eficiência: É cada vez mais imperativo ganhar competitividade em termos de perdas e geração de valor “per capita”. O faturamento médio por funcionário da gráfica brasileira é de US$ 50 mil anuais, relativamente baixo comparado a outras indústrias;

2) Especialização notória: É preciso saber se distinguir como líder no share of mind do seu cliente. A especialização, o controle de processo, e a liderança de determinado segmento, são ferramentas indispensáveis para a sobrevivência;

3) Agregar valor: As gráficas do futuro deverão identificar oportunidades de agregar serviços a partir da visão do cliente, não da sua própria;

4) Flexibilidade: Empresários com máquinas offset precisam considerar mais a impressão digital. Além disso, produtos plásticos impressos não são considerados gráficos, no sentido tradicional. É preciso rever processos e a cultura da empresa para entregar mais do que papel impresso.

 

 

Fonte: Editora Lamonica

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