O mercado gráfico é obrigado a “dançar conforme a música”, não importa se o empresário gráfico é competente ou não, o que temos agora é uma indústria gráfica competitiva não só na qualidade, mas também na quantidade dos produtos oferecidos aos clientes. Entretanto, este mercado, só conseguirá crescer se a economia do país como um todo ajudar. Possuímos um parque gráfico instalado de primeiro mundo e a indústria está crescendo novamente como conseqüência da economia do país que começou a reagir, o que significa que os empresários gráficos irão para a Drupa 2004 mais conscientes e portanto, só realizarão investimentos compatíveis com a atual situação de suas empresas e do país.
Pelo que temos acompanhado em relação ao mercado gráfico brasileiro, diríamos que o empresário está cada vez mais especializado e por isso, vai analisar, avaliar e definir a tecnologia que irá adquirir durante a feira, ao invés de copiar o “vizinho”. Entretanto, ainda, segundo pesquisas, existem muitos empresários que somente se baseiam em poucos fornecedores de equipamentos ou na publicidade e literaturas técnicas.
O mundo vive em constante mutação. Na Drupa de 2000, por exemplo, estávamos falando em chapas CTP, que eram uma novidade para os mercados em desenvolvimento como o nosso, e o dólar tinha um valor muito alto em relação ao euro. Atualmente, a CTP já está presente em cerca de 25 a 30% do mercado nos países em desenvolvimento e em mais de 50% dos países desenvolvidos e temos hoje, o euro mais valorizado, mostrando que na Drupa passada estávamos menos competitivos em relação a feira deste ano.
Se na Drupa de 2000 foram feitos muitos contatos e poucos negócios na Europa, na Drupa deste ano esperamos concretizar muitos negócios e realizar ainda mais contatos com clientes. O investimento em máquinas grandes [impressoras], deve ser menor este ano por parte dos empresários brasileiros, que já possuem um parque gráfico com uma certa ociosidade em virtude do que consumiram nas últimas duas feiras.
Talvez, o CTP seja a grande vedete da Drupa deste ano, pois é um sistema no qual se tem falado muito e que provou sua superioridade e economia em grande parte de suas utilizações. Outro fator importante para a Drupa 2004 é a questão das eleições. Acreditamos que no pós-Drupa já possamos sentir o aquecimento do mercado devido ao momento pré-eleitoral.
Com foco na exportação
A IBF, que este ano completou 43 anos, vai para a Drupa 2004 para analisar quais serão as opções ferecidas durante a feira e dessa maneira verificar quais delas são disponíveis para a empresa e o Brasil, o que para nós, já é um investimento.
Podemos esperar uma IBF mais internacional do que ela já é, porque sem sombra de dúvida o caminho é exportar. Atualmente, nossas vendas de chapas no Brasil são inferiores as do exterior. Mantemos contato com cerca de 70 país na área gráfica e temos como principal cliente, os Estados Unidos, onde a IBF tem participação em 3% (cerca de 2 milhões de m2) do mercado de consumo de chapas do país. Além disso, do ano passado para este ano, aumentamos nossas exportações de chapas de 55 para 65%, o que representa um crescimento nas exportações muito significativo para a empresa.
Fortalecimento interno com as representadas
Na Drupa de 2000 ocupávamos o 8º ou 9º lugar no ranking mundial de fabricantes de chapas e na feira deste ano, esperamos ocupar o 4º lugar. Já na área de equipamentos e tecnologia, a IBF representa várias empresas, dentre elas a Xeikon, que sempre teve como base a tecnologia e que, infelizmente, não se saiu bem anteriormente. Após a sua reestruturação, e sua aquisição realizada pela Punch, uma empresa que pensa na produção em larga escala, a Xeikon poderá oferecer um grande diferencial em seus produtos em relação os concorrentes.
Para a IBF, a Xeikon representa um novo caminho na impressão digital tornando-se uma parceira que ajuda a viabilizar a seção de equipamentos, com planos de estender para o Brasil os investimentos que tem feito na Europa com o lançamento da Xeikon 5000.
